skip to main |
skip to sidebar
E eis que a chuva chegou. E trouxe consigo o melhor aroma de terra molhada disponível em todo o mundo, porque era o meu cheiro de terra molhada. Esse era só meu, exclusivo, esperado e ansiado como liquidação de sapatos.
O primeiro olor de terra molhada é diferente, porque tem cheiro de saudade - dos dias de chuva no telhado, de trovoada, de bolinho frito com café e de filme com cobertor (se bem que, com esse calor, não é fácil pensar em nada que sirva para se agasalhar). A primeira chuva abaixa a poeira, sobe o calor, nos recorda que é possível respirar sem sentir nenhuma ardência no nariz e põe as pessoas na rua em polvorosa - ao menos as que ainda não compraram os seus guarda-chuvas de cinco reais.
Basta as primeiras gotinhas começarem a cair, para tudo começar a ficar verde: uma cor de encher os olhos e a alma, de fazer suspirar, sorrir e lembrar que não há seca que resista ao mês de outubro (que um anjo diga amém - agora!). Basta chover para todo mundo comentar, rir das pataquadas alheias, reclamar do engarrafamento e andar com sacolas na cabeça.
Uma chuva e os cabelos entram em colapso, fazendo voltinhas e mais voltinhas nas cabeças despreparadas. E aí a mulherada abre o bico a reclamar. Algumas soluções são possíveis:
1- Assumir os cachos, aproveitando que eles estão na moda mesmo;
2- Andar com o guarda-chuva por onde for e rezar para que ele não vire do avesso;
3- Manter um kit de sobrevivência com escova, secador, pracha, presilhas, tiaras e outros itens sempre à mão;
4- Caprichar na escova definitiva.
Eu escolhi a última opção, principalmente pela praticidade do cuidado.
Saindo do salão, um dia após a primeira chuva, com o cabelo lisérrimo, olhei para o céu cheio de nuvens cinzentas e suspirei, experimentando todo o prazer que os dias chuvosos me proporcionam.
"Segura essa, São Pedro. Pode mandar chuva à vontade. Eu aguento!"
Beijinhos
Fê
Um espaço para dividir minhas crônicas, outros textos e percepções malucas.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
A chuva chegou
E eis que a chuva chegou. E trouxe consigo o melhor aroma de terra molhada disponível em todo o mundo, porque era o meu cheiro de terra molhada. Esse era só meu, exclusivo, esperado e ansiado como liquidação de sapatos.
O primeiro olor de terra molhada é diferente, porque tem cheiro de saudade - dos dias de chuva no telhado, de trovoada, de bolinho frito com café e de filme com cobertor (se bem que, com esse calor, não é fácil pensar em nada que sirva para se agasalhar). A primeira chuva abaixa a poeira, sobe o calor, nos recorda que é possível respirar sem sentir nenhuma ardência no nariz e põe as pessoas na rua em polvorosa - ao menos as que ainda não compraram os seus guarda-chuvas de cinco reais.
Basta as primeiras gotinhas começarem a cair, para tudo começar a ficar verde: uma cor de encher os olhos e a alma, de fazer suspirar, sorrir e lembrar que não há seca que resista ao mês de outubro (que um anjo diga amém - agora!). Basta chover para todo mundo comentar, rir das pataquadas alheias, reclamar do engarrafamento e andar com sacolas na cabeça.
Uma chuva e os cabelos entram em colapso, fazendo voltinhas e mais voltinhas nas cabeças despreparadas. E aí a mulherada abre o bico a reclamar. Algumas soluções são possíveis:
1- Assumir os cachos, aproveitando que eles estão na moda mesmo;
2- Andar com o guarda-chuva por onde for e rezar para que ele não vire do avesso;
3- Manter um kit de sobrevivência com escova, secador, pracha, presilhas, tiaras e outros itens sempre à mão;
4- Caprichar na escova definitiva.
Eu escolhi a última opção, principalmente pela praticidade do cuidado.
Saindo do salão, um dia após a primeira chuva, com o cabelo lisérrimo, olhei para o céu cheio de nuvens cinzentas e suspirei, experimentando todo o prazer que os dias chuvosos me proporcionam.
"Segura essa, São Pedro. Pode mandar chuva à vontade. Eu aguento!"
Beijinhos
Fê
Quem sou eu
A autora por ela mesma
- Fernanda Coelho
- Uma pessoa muito bem humorada, otimista incorrigível, tentando se encontrar nesse mundo maluco.
Boas vindas.
Seja bem vindo você que vem curioso, que vem interessado ou mesmo desacreditado.
Seja bem vindo você que me lê e descobre-me aos parágrafos.
Aproveita as palavras que encontrar por aqui e fica à vontade: a casa é sua. Só não põe o pé na mesa.
Sejam todos bem vindos.
Beijinhos
Fê
Seja bem vindo você que me lê e descobre-me aos parágrafos.
Aproveita as palavras que encontrar por aqui e fica à vontade: a casa é sua. Só não põe o pé na mesa.
Sejam todos bem vindos.
Beijinhos
Fê
Obrigada pela presença
Eu apoio
Catalogado por ideias
- A Galera Aqui de Casa (6)
- a vida (60)
- agradecimento (17)
- amigos (9)
- apresentação (2)
- cartão de crédito (1)
- cartas (14)
- Cartas para Ninguém (1)
- celular (4)
- contos (11)
- cotidiano (35)
- crônicas (100)
- Crônicas de Quinta (15)
- Em Dupla (1)
- encantadora de palavras (8)
- escrever (23)
- eu mesma (75)
- Eu que não falava de amor (1)
- fábulas (3)
- ficção (10)
- flores (1)
- historias infantis (6)
- home (1)
- humor (11)
- início (1)
- leitura de outros blogs (3)
- Leituras (3)
- listas (3)
- livros (4)
- maternidade (7)
- microcontos (5)
- o tempo (7)
- Papai Noel (1)
- Papo Sério (2)
- ponto final (2)
- reflexões (83)
- selos (2)
- série crônicas de saco cheio; (4)
- série desventuras no metrô (3)
- série sentimentos (71)
- série ser mãe é (15)
- sobre o amor (1)
- versos (5)
Posts que mais encantaram os leitores
-
Conheço você desde que me entendo por gente. Aprendi a andar ao seu redor, ou seria para fugir de você? Aprendi a falar para te pedir al...
-
Depois que me tornei mãe muitas coisas mudaram em mim. Coisas que eu não imaginava e que não pensava serem possíveis. Me tornei mais tol...
-
Não pedi por você. Nunca me perguntaram se eu queria um irmão menor, branquelo, de bochechas enormes e vivíssimos olhos escuros. Não c...
-
Achei que não fosse postar nada sobre o Natal, mas tenho recebido um bocado de mensagens carinhosas. Então acredito que pode cair bem, uma c...
-
Se existe algo fácil de se fazer, é irritar uma pessoa infeliz. Pessoas amargas, pessimistas e chatos em geral, então, são o que há de m...
-
A menina sonhava com um corselet. Desejava ardentemente se ver dentro de um, porque afinal de contas, todas as meninas da sua turma achava...
-
Se hoje alguém me pedisse um conselho, apenas um, eu diria: seja como os ipês. Tenho uma queda por eles, é verdade. Não escondo de nin...
-
Sabe, eu gosto de coisa simples. Gosto daquelas partes da vida em que tudo anda meio descomplicado, quando a gente olha e sabe bem o que...
-
Faz um tempo, me disseram que eu penso demais. Na época - como em tantas outras situações - eu não compreendi as implicações desse fato. Ai...
-
Estava aqui olhando as pessoas postarem citações e o pensamento voou. Foi inevitável, como tantas vezes acontece e me vi no meio de um que...
Blogs que acompanho
-
-
-
-
-
-
Glimpses of the PastHá 3 anos
-
-
-
-
EntrelaçadasHá 8 anos
-
-
リースという選択Há 9 anos
-
Cheiro de Terra MolhadaHá 10 anos
-
OpostoHá 10 anos
-
Tudo pode acontecerHá 10 anos
-
-
-
-
Interdição...Há 13 anos
-
-
-
-
2 comentários:
"Segura essa, São Pedro. Pode mandar chuva à vontade. Eu aguento!"
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
E foi exatamente assim que aconteceu. hahah.
São Pedro deve ter ficado bravo com a minha audácia, porque a chuva sumiu. rs
Postar um comentário