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Meus queridos amigos.
Estou aqui hoje para dizer que desisto. Desisti de ser e fazer somente o que eu quero e de não aturar aquilo que me irrita. Desisti de ignorar as pessoas irritadas comigo, por não fazer o que todo mundo faz. Entendi que precisamos fazer o que é necessário e que não importa se você adora ser um azul berrante, caso ele distoe demais num quadro todo em tons bebê - claro que isso aí poderia ser a graça da obra, mas enfim...
Compreendi que, embora as pulsões se originem dentro de nós, isso não impede que sejam modeladas e moderadas pelos valores e expectativas das pessoas ao nosso redor. E percebi: essas pessoas esperam que você se enquadre. E acredite: mais cedo ou mais tarde você vai se enquadrar.
Não que isso seja só uma coisa ruim. O que algumas pessoas podem chamar de sucumbir, amansar o espírito, e ser domesticado pode - sob outro ponto de vista, sempre outro ponto de vista - ser chamado simplesmente de amadurecimento.
Quem vê esse tipo de texto pode pensar que sou uma pessoa avessa às convenções sociais. Pelo contrário, sou até uma criatura muitíssimo normal. Mas algumas coisas - algumas pequenas coisas - eu gostava de fazer do meu jeito.
Uma dessas míseras concessões que fazia a mim mesma era me ver livre do telefone celular, e já expliquei aqui os motivos para isso. Mas, em virtude das pressões sociais, eu me rendi. Peguei o bicho de volta, mandei consertar a pecinha que estava quebrada, pus para carregar e agora estou em fase de condicionamento - para me obrigar a manter ele carregado e perceber quando ele toca.
Acho que mudar faz parte da vida e de ser uma pessoa melhor. Em alguns casos, bater o pé e querer ficar como éramos é sinal de que a pessoa não quer crescer. Bem, pois eu abro mão da minha síndrome de Peter Pan. Vou crescer até onde puder. E vou me adequar, dentro do que achar necessário.
Vou ter metas e objetivos claros, bem traçados e planejados. E vou aprender a manter o raio do telefone celular funcionando. Quem sabe, quando eu estiver acostumada com ele, eu me dê um telefone bem "modernoso" de presente.
Falando nisso, onde foi que eu deixei ele mesmo?
Beijinhos
Fê
Um espaço para dividir minhas crônicas, outros textos e percepções malucas.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Desisto da guerra
Meus queridos amigos.
Estou aqui hoje para dizer que desisto. Desisti de ser e fazer somente o que eu quero e de não aturar aquilo que me irrita. Desisti de ignorar as pessoas irritadas comigo, por não fazer o que todo mundo faz. Entendi que precisamos fazer o que é necessário e que não importa se você adora ser um azul berrante, caso ele distoe demais num quadro todo em tons bebê - claro que isso aí poderia ser a graça da obra, mas enfim...
Compreendi que, embora as pulsões se originem dentro de nós, isso não impede que sejam modeladas e moderadas pelos valores e expectativas das pessoas ao nosso redor. E percebi: essas pessoas esperam que você se enquadre. E acredite: mais cedo ou mais tarde você vai se enquadrar.
Não que isso seja só uma coisa ruim. O que algumas pessoas podem chamar de sucumbir, amansar o espírito, e ser domesticado pode - sob outro ponto de vista, sempre outro ponto de vista - ser chamado simplesmente de amadurecimento.
Quem vê esse tipo de texto pode pensar que sou uma pessoa avessa às convenções sociais. Pelo contrário, sou até uma criatura muitíssimo normal. Mas algumas coisas - algumas pequenas coisas - eu gostava de fazer do meu jeito.
Uma dessas míseras concessões que fazia a mim mesma era me ver livre do telefone celular, e já expliquei aqui os motivos para isso. Mas, em virtude das pressões sociais, eu me rendi. Peguei o bicho de volta, mandei consertar a pecinha que estava quebrada, pus para carregar e agora estou em fase de condicionamento - para me obrigar a manter ele carregado e perceber quando ele toca.
Acho que mudar faz parte da vida e de ser uma pessoa melhor. Em alguns casos, bater o pé e querer ficar como éramos é sinal de que a pessoa não quer crescer. Bem, pois eu abro mão da minha síndrome de Peter Pan. Vou crescer até onde puder. E vou me adequar, dentro do que achar necessário.
Vou ter metas e objetivos claros, bem traçados e planejados. E vou aprender a manter o raio do telefone celular funcionando. Quem sabe, quando eu estiver acostumada com ele, eu me dê um telefone bem "modernoso" de presente.
Falando nisso, onde foi que eu deixei ele mesmo?
Beijinhos
Fê
Quem sou eu
A autora por ela mesma
- Fernanda Coelho
- Uma pessoa muito bem humorada, otimista incorrigível, tentando se encontrar nesse mundo maluco.
Boas vindas.
Seja bem vindo você que vem curioso, que vem interessado ou mesmo desacreditado.
Seja bem vindo você que me lê e descobre-me aos parágrafos.
Aproveita as palavras que encontrar por aqui e fica à vontade: a casa é sua. Só não põe o pé na mesa.
Sejam todos bem vindos.
Beijinhos
Fê
Seja bem vindo você que me lê e descobre-me aos parágrafos.
Aproveita as palavras que encontrar por aqui e fica à vontade: a casa é sua. Só não põe o pé na mesa.
Sejam todos bem vindos.
Beijinhos
Fê
Obrigada pela presença
Eu apoio
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14 comentários:
Faz que nem a Nessa, compra logo um Smartphone que você vai ficar brincando um tempão, num instante você se acostuma. =P
Vou esperar passar a fase de testes primeiro, mas logo eu compro um. rsrs
Então boa sorte com essa fase de ajuste à forma.
Só toma cuidado pra não se apagar demais no processo.
Mas ainda acho mais interessante a Fê com todas suas excentricidades do que uma pessoa igual a todo mundo. =P
Obrigada, Lawall. Vou me lembrar de manter algumas maluquices, até porque não consigo me livrar de todas. rsrs
Beijo
Oba! vamos ligar pra Fê que agora ela vai tá olhando para o celular e ouvindo ele tocar =D
hahahah. De vez em quando deve dar um Fail, mas vou tentar o meu melhor. rs
Seja sempre intensa.
Afinal, como muito bem disse Charles C.:
'a vida é muito para ser insignificante'...
bjs
Sim, Mih. vou tentar de tudo, inclusive ser meio normal de vez em quando. Quero poder olhar pra tras daqui alguns anos e saber que fiz tudo da melhor maneira possível. Só me resta saber que maneira é essa.
Beijos
Pulsões são indomáveis.
Oi Fê, muito bom o teu texto!
Confesso que tenho alguma dificuldade em mudar certas coisas na minha vida, mas como vc disse, mais cedo ou mais tarde, acabamos nos enquadrando. Afinal, a fila anda e chega um momento que nos sentimos excluídos, diferentes se não adotarmos esse ou aquele proceder.
Somos uma esponja e como tal absorvemos tudo que está a nossa volta. Temos, porém, de tomar cuidado para não deixarmos influenciar demais e acabar por pensar com a cabeça dos outros...
Um bjo gde, amiga!
Hoje pensei na loucura das pessoas
Numa criança que pede a ternura e um naco de pão
Na fome de um abraço sem rosto
Na ignorância largada ao meio do chão
Imaginei o que será viver na ausência da razão
Na procura do norte sem Sol e estrelas
Porque é que Deus se distrai às vezes
Porque teima em não querer vê-las?
Doce beijo
"Faça o que seu coração acha certo. De qualquer forma você será criticado." Eleanor Roosevelt
É incrível o quanto a gente pode continuar a crescer mesmo quando acha que chegou no limite.
(Jamais me adequarei às convenções sociais. Sigo a lei do amor. rs)
Beijos! E vamos confiar! :)
"War is not the answer - only love can conquer hate. We've got to find a way... to bring some love in here today." Mastin Kipp @TheDailyLove (twitter)
Ah, esqueci: eu também sou do tipo "forgot my phone". And I like it! :)
Ah, não!! Fernanda têm coisas que são difíceis de me amoldar. Meu celular só trabalha quando está na rua... E só ligo ou recebo. Mais nada! Minha 'secretária para assuntos domésticos' trabalha com o dela na cintura ouvindo música religiosa e falando a toda hora... Eu corro lá pensando que a mulher está falando comigo! kkk
Estou achando que somos um pouco parecidas no quesito celular. Pelo menos não estou tão só...
beijos / tais luso
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