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De todos os sentimentos que experimentamos ao longo da vida, um em particular me intriga sempre que o encontro: o medo. Dizem que ele é uma forma de alerta aprendida ao longo de infinitas transmissões de DNA, pelas gerações afora. Acredito. Juro que creio nessa explicação. Assim como acredito que nenhum sentimento é puramente mau - más são as escolhas que fazemos a partir do que sentimos. Eu explico.
Quando algo nos acontece, sentimentos são mobilizados a respeito desse fato; coisas que podem ser momentâneas, ou durar por muito tempo. Nossas reações podem ter um cunho positivo, quando geram atos construtivos ou o contrário, quando nos levam à destruição - de nós mesmos ou do outro. O que me impressiona no medo é essa ambiguidade que ele trás consigo. O temor pode ser tanto o que te protege, quanto o que te paralisa; pode ser o que impede ou impulsiona. Tudo depende da escolha, da forma de ver e encarar a vida.
Por que estou falando dessas coisas? Porque preciso pensar a respeito. Vamos aos fatos.
Todo mundo diz por aí que a pessoa precisa plantar uma árvore, ter filhos e escrever um livro. Fiz as três coisas, sendo a última a mais recente delas. E essa noite, enquanto conversava com uma amiga a respeito de como pretendo fazer o lançamento do livro, tomou-me de assalto um medo enorme. O coração acelerou, as mãos ficaram geladas e um iceberg resolveu fazer morada no meu pobre estômago. Em tese, não haveria motivo para temor, afinal de contas o lançamento de um livro é algo para se comemorar, certo? O que me atemorizou, entretanto, foi a possibilidade de fracasso. E se as pessoas não forem? E se não gostarem do livro? E se eu ficar sentada diante de uma mesa, acompanhada apenas do barulhinho dos grilos? E se? E se não? Acredito que o leitor já tenha passado por algo semelhante.
Pus-me então a refletir sobre o medo que eu sentia e, acreditem ou não, uma alegria enorme preencheu o meu coração. Percebi que o fato de estar atemorizada não significa que precise ficar paralisada. E compreendi algo ainda mais bacana: o medo do fracasso só aparece quando caminhamos na direção de algo importante para nós. Temer falhar é privilégio de quem está tentando, de quem está se movendo. Na zona de conforto não há desafios, medos, monstros ou riscos; mas não há louros. O medo da derrota é inerente a quem luta, a quem se joga nos sonhos. E isso é bom, porque confere ao dono do temor a escolha a respeito de como agir.
Reconhecer o que nos atemoriza é o primeiro passo, visto que não há luta justa contra o desconhecido. Depois disso, devemos compreender o motivo de temermos. Feito isso, vem a ação. Enfrentar é bonito, nobre e libertador. Enfrentar é dizer à vida que, sim, você concede a ela essa dança - mesmo que não saiba dançar, mesmo com medo de cair. Realizar é aceitar bailar com os sonhos, mesmo num ritmo desconhecido.
Ora, a vida é um baile que ocorre apesar de cada um de nós. Ela toda é movimento, ritmo e ciclos. E acontece. Simplesmente acontece. A questão fundamental é a escolha que fazemos entre dançar com ela ou observá-la sentados a um canto.
Se cair, levanta. Se der errado, tenta de novo. Se não for como o esperado, aprende, refaz e vai de novo. Vai com medo, mas vai. Dança sem saber o ritmo, mas dança. Vive, leitor! Baila com os sonhos. Vive!
Beijinhos
Fê Coelho.
Plágio é crime e deve ser encarado como tal. A divulgação dos escritos é uma honra, mas os créditos são compulsórios.
Um espaço para dividir minhas crônicas, outros textos e percepções malucas.
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Concede-me essa dança?
De todos os sentimentos que experimentamos ao longo da vida, um em particular me intriga sempre que o encontro: o medo. Dizem que ele é uma forma de alerta aprendida ao longo de infinitas transmissões de DNA, pelas gerações afora. Acredito. Juro que creio nessa explicação. Assim como acredito que nenhum sentimento é puramente mau - más são as escolhas que fazemos a partir do que sentimos. Eu explico.
Quando algo nos acontece, sentimentos são mobilizados a respeito desse fato; coisas que podem ser momentâneas, ou durar por muito tempo. Nossas reações podem ter um cunho positivo, quando geram atos construtivos ou o contrário, quando nos levam à destruição - de nós mesmos ou do outro. O que me impressiona no medo é essa ambiguidade que ele trás consigo. O temor pode ser tanto o que te protege, quanto o que te paralisa; pode ser o que impede ou impulsiona. Tudo depende da escolha, da forma de ver e encarar a vida.
Por que estou falando dessas coisas? Porque preciso pensar a respeito. Vamos aos fatos.
Todo mundo diz por aí que a pessoa precisa plantar uma árvore, ter filhos e escrever um livro. Fiz as três coisas, sendo a última a mais recente delas. E essa noite, enquanto conversava com uma amiga a respeito de como pretendo fazer o lançamento do livro, tomou-me de assalto um medo enorme. O coração acelerou, as mãos ficaram geladas e um iceberg resolveu fazer morada no meu pobre estômago. Em tese, não haveria motivo para temor, afinal de contas o lançamento de um livro é algo para se comemorar, certo? O que me atemorizou, entretanto, foi a possibilidade de fracasso. E se as pessoas não forem? E se não gostarem do livro? E se eu ficar sentada diante de uma mesa, acompanhada apenas do barulhinho dos grilos? E se? E se não? Acredito que o leitor já tenha passado por algo semelhante.
Pus-me então a refletir sobre o medo que eu sentia e, acreditem ou não, uma alegria enorme preencheu o meu coração. Percebi que o fato de estar atemorizada não significa que precise ficar paralisada. E compreendi algo ainda mais bacana: o medo do fracasso só aparece quando caminhamos na direção de algo importante para nós. Temer falhar é privilégio de quem está tentando, de quem está se movendo. Na zona de conforto não há desafios, medos, monstros ou riscos; mas não há louros. O medo da derrota é inerente a quem luta, a quem se joga nos sonhos. E isso é bom, porque confere ao dono do temor a escolha a respeito de como agir.
Reconhecer o que nos atemoriza é o primeiro passo, visto que não há luta justa contra o desconhecido. Depois disso, devemos compreender o motivo de temermos. Feito isso, vem a ação. Enfrentar é bonito, nobre e libertador. Enfrentar é dizer à vida que, sim, você concede a ela essa dança - mesmo que não saiba dançar, mesmo com medo de cair. Realizar é aceitar bailar com os sonhos, mesmo num ritmo desconhecido.
Ora, a vida é um baile que ocorre apesar de cada um de nós. Ela toda é movimento, ritmo e ciclos. E acontece. Simplesmente acontece. A questão fundamental é a escolha que fazemos entre dançar com ela ou observá-la sentados a um canto.
Se cair, levanta. Se der errado, tenta de novo. Se não for como o esperado, aprende, refaz e vai de novo. Vai com medo, mas vai. Dança sem saber o ritmo, mas dança. Vive, leitor! Baila com os sonhos. Vive!
Beijinhos
Fê Coelho.
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Quem sou eu
A autora por ela mesma
- Fernanda Coelho
- Uma pessoa muito bem humorada, otimista incorrigível, tentando se encontrar nesse mundo maluco.
Boas vindas.
Seja bem vindo você que vem curioso, que vem interessado ou mesmo desacreditado.
Seja bem vindo você que me lê e descobre-me aos parágrafos.
Aproveita as palavras que encontrar por aqui e fica à vontade: a casa é sua. Só não põe o pé na mesa.
Sejam todos bem vindos.
Beijinhos
Fê
Seja bem vindo você que me lê e descobre-me aos parágrafos.
Aproveita as palavras que encontrar por aqui e fica à vontade: a casa é sua. Só não põe o pé na mesa.
Sejam todos bem vindos.
Beijinhos
Fê
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