sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Willie e o mistério da bolsa encolhida


Num lugar longe daqui, onde o sol brilha e o céu é sempre azul vive um amiguinho novo. Seu nome é Willie – o bebê canguru.
Willie vive feliz com sua família. Corre, pula e brinca. É um canguru muito amado. Mas todos na ilha sabem bem que ele é meio mimado.
Esse canguruzinho tem uma mania engraçada de verdade. Willie gosta de colecionar tudo o que seja novidade.
Se gosta de um brinquedo, Willie logo pede: mamãe, com esse eu posso ficar? E mamãe responde: querido você já guarda tanta coisa. Não será melhor escolher um brinquedo pra trocar? E Willie diz que não e faz um bico maior que uma tromba de elefante. Não vou dar nenhum brinquedo. Tudo o que guardo é importante!

Mamãe canguru suspira e por fim desiste.

- Na minha bolsa já tem muita coisa, mas já que você insiste...

E Willie dá pulinhos de felicidade.

- Obrigado mamãe. Essa folha é a minha preferida. Agora sim, sua bolsa está muito mais divertida.

Um dia, Willie estava muito cansado. Tinha corrido muito e nem acreditava em quanto tinha pulado. Mas para sua surpresa algo estava estranho. Será que a bolsa da mamãe tinha mudado de tamanho?

- Mamãe, sua bolsa está muito apertada e não sobra espaço pra mim. Não consigo descansar com tão pouco espaço assim.

Mamãe canguru apenas sorriu.

- Duas coisas podem ter acontecido. – disse Willie – Ou sua bolsa encolheu ou eu posso ter crescido.

- Acho que nenhuma das duas coisas aconteceu. – respondeu a mamãe – Lembre-se do seu dia e me diga quantos brinquedos você escolheu.

Então Willie se lembrou. Tinha guardado tanta coisa, que o espaço da bolsa de mamãe acabou.

- O que devemos fazer? – perguntou mamãe canguru – na minha bolsa agora, ou ficam os brinquedos ou fica você.

E Willie teve que tomar uma decisão. Ir para casa pulando, ele não ia não.

- Vamos tirar tudo o que tem aí pra ver. – disse Willie – Quando estiver tudo no chão, os melhores brinquedos eu vou escolher.

E assim fizeram. Willie só não estava preparado para ver quanta bagunça tinha guardado. Na bolsa da mamãe tinha carretel e todo tipo de folha, tinha aviãozinho de papel e pedaços de plástico-bolha. Willie encontrou um sanduíche meio comido e até um vidro de remédio vencido. De dentro da bolsa, o canguruzinho ainda tirou latinhas e um sapato, achou também pedrinhas e um pé-de-pato. Willie tinha guardado de tudo: desde coisas das quais gostava até bagunças das quais nem se lembrava.

Quando estava tudo no chão, Willie não podia acreditar no tamanho da confusão.

-Nossa mamãe. Não imaginava que guardava tanta coisa assim. Desse jeito, é claro que não ia sobrar espaço pra mim.

Willie entrou na bolsa de mamãe e se espreguiçou. Assim está muito melhor, o canguruzinho pensou.

Daquele dia em diante, Willie só carregava o que precisava e se esticava feliz na bolsa de mamãe, todo satisfeito com o espaço que sobrava.

7 comentários:

Francesca Crews disse...

Muito lindo seus textos :D. Agente leva uma grande lição aos lê-los. Beijos

Fernanda Coelho disse...

Obrigada Francesca, pelo comentário carinhoso e pela visita. Volte sempre.

Beijo

xxxxx disse...

Fê vc é uma fofa.Adoro tua escrita. A Larissa inclusive.

Um beijão nosso,
Mih

Fernanda Coelho disse...

Obrigada, Mih. A filhota gostou? Então o texto cumpriu a finalidade.

Escrevi essa história para as meninas, pra ver se dava um jeito em um armário de brinquedos. Foi tiro e queda.

Beijão.

Vanessa Souza disse...

Bonitinho, vou mandar para minha sobrinha.

http://vemcaluisa.blogspot.com/

Fernanda Coelho disse...

Mande mesmo, Vanessa. Depois me diga o que ela achou, certo?

Beijão

Anônimo disse...

De coração muito obrigada pelas palavras doces que vc.me deixou no meu blog...vc.é muito fofaaaa!!!beijos menina lindaaa!!!

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