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Ah, o cerrado! Com suas árvores retorcidas, flores coloridas, frutas com sabor exótico, crepúsculos lindamente alaranjados, cachoeiras maravilhosas e... um clima insuportável.
Eu juro que gosto de ser goiana. Sou apaixonada pelo meu estado, pelas pessoas hospitaleiras, pela cultura da simplicidade e pelas comidinhas meio goianas meio mineiras. Encanta-me o pôr-do-sol poético, laranja-rosado, emoldurando os ipês e angicos, anunciando noites frescas de céu estrelado e de histórias a perder de vista. Mas precisava ter um clima tão intragável?
Não há um meio termo confortável. Ou é chuva ou é seca. Ponto final. E assim ficamos sempre num descontentamento de uma rabugice pior que o clima.
Ou reclamamos por termos chuva demais, ou por ela estar ausente - completamente sumida, exilada para outros estados com Mata Atlântica, florestas, mata de araucárias ou coisa que o valha.
O período compreendido, aproximadamente, entre os meses de outubro e maio é de chuva. Chuva pra valer! Caem torós de enxarcar os ossos, virar guarda-chuvas do avesso, transformar as ruas em queijos suíços e sujar as roupas de lama. São dias de tempestades no final da tarde, que escolhem exatamente a hora de voltar para casa e buscar as crianças na escola. Mas que, apesar de tudo, são infinitamente melhores que os meses da seca. Sim, porque precisamos ter o mínimo de umidade no ar. Afinal de contas, não estamos no Saara!
O restante dos meses do ano é ocupado por bronquites, alergias, dermatites atópicas, narizes sangrando, dores de cabeça e um rosário de lamúrias que só quem passa mais de cem dias sem chuva sabe rezar. Não há hidratante que chegue, nem soro fisiológico que baste. São dias de poeira, vento, carros sujos, limpeza de chão várias vezes ao dia, nebulizações, sol escaldante, toalha molhada na cabeceira da cama e um arsenal de técnicas para melhorar a umidade do ar.
A parte boa de se ter um período assim tão definido de seca é que se pode marcar um churrasco com dois meses de antecedência. Mesmo estando em maio, pode-se marcar um evento para um dia inteiro de agosto. Não vai chover, eu garanto. Nem uma gotinha.
Perdoem-me a rabugice. Estamos há semanas nesses pródromos de chuva e já estou estressada. A expectativa e o tempo cinzento de poeira e fumaça (sim, nossos parques estão tostados - de novo) me deixam irascível. Mesmo a despeito das noites avermelhadas que eu tanto amo.
Preciso comprar um guarda-chuva de cinco reais - para virar do avesso quando eu mais precisar dele. Quando as gotas pararem de se desviar de mim, meu humor provavelmente ficará melhor.
Até lá, segue o seco!
Beijinhos
Fê
Plágio é crime e deve ser encarado como tal. A divulgação dos escritos é uma honra, mas os créditos são compulsórios.
Um espaço para dividir minhas crônicas, outros textos e percepções malucas.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Segue o seco
Ah, o cerrado! Com suas árvores retorcidas, flores coloridas, frutas com sabor exótico, crepúsculos lindamente alaranjados, cachoeiras maravilhosas e... um clima insuportável.
Eu juro que gosto de ser goiana. Sou apaixonada pelo meu estado, pelas pessoas hospitaleiras, pela cultura da simplicidade e pelas comidinhas meio goianas meio mineiras. Encanta-me o pôr-do-sol poético, laranja-rosado, emoldurando os ipês e angicos, anunciando noites frescas de céu estrelado e de histórias a perder de vista. Mas precisava ter um clima tão intragável?
Não há um meio termo confortável. Ou é chuva ou é seca. Ponto final. E assim ficamos sempre num descontentamento de uma rabugice pior que o clima.
Ou reclamamos por termos chuva demais, ou por ela estar ausente - completamente sumida, exilada para outros estados com Mata Atlântica, florestas, mata de araucárias ou coisa que o valha.
O período compreendido, aproximadamente, entre os meses de outubro e maio é de chuva. Chuva pra valer! Caem torós de enxarcar os ossos, virar guarda-chuvas do avesso, transformar as ruas em queijos suíços e sujar as roupas de lama. São dias de tempestades no final da tarde, que escolhem exatamente a hora de voltar para casa e buscar as crianças na escola. Mas que, apesar de tudo, são infinitamente melhores que os meses da seca. Sim, porque precisamos ter o mínimo de umidade no ar. Afinal de contas, não estamos no Saara!
O restante dos meses do ano é ocupado por bronquites, alergias, dermatites atópicas, narizes sangrando, dores de cabeça e um rosário de lamúrias que só quem passa mais de cem dias sem chuva sabe rezar. Não há hidratante que chegue, nem soro fisiológico que baste. São dias de poeira, vento, carros sujos, limpeza de chão várias vezes ao dia, nebulizações, sol escaldante, toalha molhada na cabeceira da cama e um arsenal de técnicas para melhorar a umidade do ar.
A parte boa de se ter um período assim tão definido de seca é que se pode marcar um churrasco com dois meses de antecedência. Mesmo estando em maio, pode-se marcar um evento para um dia inteiro de agosto. Não vai chover, eu garanto. Nem uma gotinha.
Perdoem-me a rabugice. Estamos há semanas nesses pródromos de chuva e já estou estressada. A expectativa e o tempo cinzento de poeira e fumaça (sim, nossos parques estão tostados - de novo) me deixam irascível. Mesmo a despeito das noites avermelhadas que eu tanto amo.
Preciso comprar um guarda-chuva de cinco reais - para virar do avesso quando eu mais precisar dele. Quando as gotas pararem de se desviar de mim, meu humor provavelmente ficará melhor.
Até lá, segue o seco!
Beijinhos
Fê
Quem sou eu
A autora por ela mesma
- Fernanda Coelho
- Uma pessoa muito bem humorada, otimista incorrigível, tentando se encontrar nesse mundo maluco.
Boas vindas.
Seja bem vindo você que vem curioso, que vem interessado ou mesmo desacreditado.
Seja bem vindo você que me lê e descobre-me aos parágrafos.
Aproveita as palavras que encontrar por aqui e fica à vontade: a casa é sua. Só não põe o pé na mesa.
Sejam todos bem vindos.
Beijinhos
Fê
Seja bem vindo você que me lê e descobre-me aos parágrafos.
Aproveita as palavras que encontrar por aqui e fica à vontade: a casa é sua. Só não põe o pé na mesa.
Sejam todos bem vindos.
Beijinhos
Fê
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Plágio é crime e deve ser encarado como tal. A divulgação dos escritos é uma honra, mas os créditos são compulsórios.
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6 comentários:
convidativo em Fê? luco para passar as ferias por ai kkkk
Parece bom, né? Pega a Isa e vem conhecer o povo dela. rs. Me chamem para o churrasco, ok?
Beijos
Lindo texto Fê! Como sempre, me remete a boas lembranças! ^^
E gostei da ideia Fê!
Beijos
André, agora só escolher as férias para a gente ir!
Pois é. Se quiserem vir sem medo de chuva, recomendo que venham do meio de junho até o meio de setembro. Aí é garantido. rs
Quem bom que gostou do texto.
Beijos
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Thanks.
Fernanda Coelho
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