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Se tem uma coisa sobre a qual tenho pensado muito essa coisa é o ofício de ser mãe. Tantas coisas acontecem e mudam em nossas vidas desde que adquirimos a credencial de mãe, que às vezes ficamos meio pasmas. Está aí uma definição que gosto de usar: ser mãe é a arte de se bestificar continuamente.
A primeira de todas as bestificações é o resultado positivo do exame de sangue. Sim, porque por mais que imaginemos ter dado entrada no processo para adquirir a já citada credencial, nunca acreditamos que isso seja realmente um fato consumado. Quando soube que iria ser mãe pela primeira vez, se é que isso de primeira ou segunda vez existe, acho que fiquei pasma. E, para ser sincera, não creio que tenha me recuperado até hoje.
Ficamos bestificadas com o amor que um pequeno ser ainda sem rosto pode nos despertar. E quando ele mexe a primeira vez então, tudo isso é elevado ao quadrado. A primeira ultrassom é uma coisa. Aquele bebezinho cabeçudo, com um corpinho minúsculo e um coraçãozinho que bate. Não existe bebezinho de utrassom melhor que o nosso.
Depois vem o nascimento e a série "meu primeiro": meu primeiro sorriso, primeiro dente, primeira vez que sentei, que disse mamãe (aliás, dizer mamãe antes de papai é uma questão de justiça - que me perdoem os pais), que andou... e por aí vai.
O primeiro dia na escola. A chegada de um irmãozinho. Aí vem a segunda onda de bestificações.
É inacreditável a quantidade de horas que podemos dedicar a olhar dois rostinhos sem enjoar deles. Incrível como podemos fazer tantas coisas ao mesmo tempo e ainda achar graça de tudo isso. E contar a mesma história vinte vezes. E falar tudo errado. E tentar fazer tudo certo. E viver para dar o exemplo. E errar tantas vezes.
Ser mãe é bestificar-se diariamente. Com o quanto uma criança pode ser observadora, com o quanto pode ser encantadora. Com o quanto você pode se irritar com alguém e, mesmo assim, nunca ter vontade de voar no seu pescoço.
É ficar pasma por perceber que passou um bom tempo torcendo para que os primeiros dentinhos não nascessem (para manter o bebezinho banguela mais gostoso do mundo juntinho com você) e depois se orgulhar dos dentinhos brancos que nasceram. E quando a criança já tem seus seis anos, ficar na maior expectativa, porque os dentinhos lá se vão caindo outra vez. E vibrar quando, novamente, você vê um dentinho novo.
Enfim. Ser mãe é manter-se bestificada e beatificamente em paz.
4 comentários:
Linda Reflexão, é exatamente assim que nós mamães nos sentimos.
Parabens pelo Talento com as palavras e o Talento de ser Mãe.
Tem bebezinhos também? Delícia, né. beijos
fê
PIOR QUE É ASSIM MESMO!!!!
E BEM DE VC MESMO, A MAE MARAVILHOSA QUE É, QUANDO CRESCER QUERO SER IGUAL A VC!!!!
BJU
Eita Gisa. É perigoso ser uma mãe igual a mim. Minha sanidade mental está no limite. hahahaha.
Estou doida para conhecer o seu repolhinho. Ele é muito lindo nas fotos.
Beijos
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