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Escrever é metade o que você diz ao mundo e metade o que você ouve dele. É uma espécie de conversa contínua com o que existe e com o que se imagina, um equilíbrio constante entre doar e receber; um toma lá dá cá que embala os pensamentos e permite que os sonhos se mostrem. Não que seja fácil ou indolor. Muitas vezes escrever é um revisitar de conceitos, fatos, expectativas, dores, alegrias e frustrações. Outras vezes não é nada disso. Escrever pode ser apenas uma forma de apascentar palavras irrequietas, traduzindo leveza, mansidão e boas ideias.
Fato é que acredito ser fundamental a existência de pausas entre os períodos de doação. Se uma pessoa só pode falar daquilo que transborda em si, não creio que bons textos possam sair de criaturas exauridas, estressadas e vazias de sua própria companhia. Sou do tipo que não consegue escrever nem o bê-a-bá, se estiver saturada com pensamentos gastos e rotos pelo uso excessivo. Minha mente funciona como uma espécie de mola, que precisa de pequenos alívios, momentos em que eu reduzo a pressão, para que as ideias se renovem.
E foi por isso que eu instituí para mim mesma pequenos momentos do que eu chamo de pausa criativa. Descobri uma coisa recentemente: sinto saudades de mim mesma. Sinto falta de estar em minha própria companhia, em silêncio, apenas observando as pessoas, os lugares, ouvindo os sons, me atentando às mudanças de luminosidade e temperatura. Necessito de instantes para me ligar aos meus próprios pensamentos, sem a necessidade de transmiti-los a ninguém. Preciso me levar para passear, para jantar ou o que quer que seja. Isso me refaz, me alimenta e me coloca de volta nos trilhos.
Hoje fui ao parque. Sentei-me próximo ao lago artificial e observei. O vento fazia pequenas marolas na água refletindo o ocaso. Havia várias pessoas correndo, conversando e rindo. Todas alheias a mim e eu retribui agradecida o favor. O que na verdade me encantou foi observar os patos, que já se iam recolhendo sabe Deus para onde. Nadavam todos eles em fila indiana, grasnando, batendo asas e enchendo o fim de tarde com esse barulho que, naquele momento, para mim, representava a própria tranquilidade. Respirei, senti a temperatura caindo de mansinho, sorri. Encaixei uma ou duas ideias e pensei que todas as pessoas acabam por seguir o seu curso. Ora, ninguém diz aos patos o que fazer. Ainda assim, eles o fazem.
Acredito sinceramente que cá dentro de nós existe algo que nos diz em que fila devemos entrar. Creio que de alguma maneira, todos encontramos nosso rumo, nossa rota e aquilo que nos fará feliz. Não consigo deixar de lado a crença de que para cada um há o momento propício, a forma adequada e um destino certo. Alguns chamam isso de coincidência. Eu gosto de chamar de a Mão de Deus.
Beijinhos
Fê Coelho
Plágio é crime e deve ser encarado como tal. A divulgação dos escritos é uma honra, mas os créditos são compulsórios.
Um espaço para dividir minhas crônicas, outros textos e percepções malucas.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Pausa criativa - um momento de aprendizado
Escrever é metade o que você diz ao mundo e metade o que você ouve dele. É uma espécie de conversa contínua com o que existe e com o que se imagina, um equilíbrio constante entre doar e receber; um toma lá dá cá que embala os pensamentos e permite que os sonhos se mostrem. Não que seja fácil ou indolor. Muitas vezes escrever é um revisitar de conceitos, fatos, expectativas, dores, alegrias e frustrações. Outras vezes não é nada disso. Escrever pode ser apenas uma forma de apascentar palavras irrequietas, traduzindo leveza, mansidão e boas ideias.
Fato é que acredito ser fundamental a existência de pausas entre os períodos de doação. Se uma pessoa só pode falar daquilo que transborda em si, não creio que bons textos possam sair de criaturas exauridas, estressadas e vazias de sua própria companhia. Sou do tipo que não consegue escrever nem o bê-a-bá, se estiver saturada com pensamentos gastos e rotos pelo uso excessivo. Minha mente funciona como uma espécie de mola, que precisa de pequenos alívios, momentos em que eu reduzo a pressão, para que as ideias se renovem.
E foi por isso que eu instituí para mim mesma pequenos momentos do que eu chamo de pausa criativa. Descobri uma coisa recentemente: sinto saudades de mim mesma. Sinto falta de estar em minha própria companhia, em silêncio, apenas observando as pessoas, os lugares, ouvindo os sons, me atentando às mudanças de luminosidade e temperatura. Necessito de instantes para me ligar aos meus próprios pensamentos, sem a necessidade de transmiti-los a ninguém. Preciso me levar para passear, para jantar ou o que quer que seja. Isso me refaz, me alimenta e me coloca de volta nos trilhos.
Hoje fui ao parque. Sentei-me próximo ao lago artificial e observei. O vento fazia pequenas marolas na água refletindo o ocaso. Havia várias pessoas correndo, conversando e rindo. Todas alheias a mim e eu retribui agradecida o favor. O que na verdade me encantou foi observar os patos, que já se iam recolhendo sabe Deus para onde. Nadavam todos eles em fila indiana, grasnando, batendo asas e enchendo o fim de tarde com esse barulho que, naquele momento, para mim, representava a própria tranquilidade. Respirei, senti a temperatura caindo de mansinho, sorri. Encaixei uma ou duas ideias e pensei que todas as pessoas acabam por seguir o seu curso. Ora, ninguém diz aos patos o que fazer. Ainda assim, eles o fazem.
Acredito sinceramente que cá dentro de nós existe algo que nos diz em que fila devemos entrar. Creio que de alguma maneira, todos encontramos nosso rumo, nossa rota e aquilo que nos fará feliz. Não consigo deixar de lado a crença de que para cada um há o momento propício, a forma adequada e um destino certo. Alguns chamam isso de coincidência. Eu gosto de chamar de a Mão de Deus.
Beijinhos
Fê Coelho
Quem sou eu
A autora por ela mesma
- Fernanda Coelho
- Uma pessoa muito bem humorada, otimista incorrigível, tentando se encontrar nesse mundo maluco.
Boas vindas.
Seja bem vindo você que vem curioso, que vem interessado ou mesmo desacreditado.
Seja bem vindo você que me lê e descobre-me aos parágrafos.
Aproveita as palavras que encontrar por aqui e fica à vontade: a casa é sua. Só não põe o pé na mesa.
Sejam todos bem vindos.
Beijinhos
Fê
Seja bem vindo você que me lê e descobre-me aos parágrafos.
Aproveita as palavras que encontrar por aqui e fica à vontade: a casa é sua. Só não põe o pé na mesa.
Sejam todos bem vindos.
Beijinhos
Fê
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1 comentários:
Perfeito!
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