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Hoje me ocorreu algo que ainda não havia percebido: o quanto discordo da clássica pergunta "o que você vai ser quando crescer". Eu mesma já me fiz essa pergunta em outras ocasiões, quando pensava - em vão - que havia crescido o suficiente para respondê-la. Dirigindo para casa hoje, enquanto olhava as curvas da estrada e os montes muito à minha frente, compreendi que crescer é muito mais um processo do que uma finalidade.
Não concordo com esse hábito que temos de classificar o crescimento como um ponto fixo a ser alcançado, como um trono onde se assenta e reina para sempre. Crescemos toda vez que fazemos uma escolha, mas principalmente quando lidamos com os resultados dela advindos. Crescemos quando aprendemos a valorizar as pessoas que vivem ao nosso redor e quando compreendemos que amar é mais que apenas estar ao lado. E quem dirá que não crescemos quando as lágrimas percorrem seu curso? Muitas vezes o sofrimento é professor mais eficaz que a bonança.
Com tudo o que vejo, cresço um pouco mais - em memórias, em conhecimento, em ideias e num tesouro que é só meu. Cada abraço que recebo ou distribuo me torna maior em afeto; a cada sorriso, cresço em contentamento. Cada nova pessoa que passa a compartilhar de meus dias acrescenta vida a eles. Cada música que ouço me faz crescer em emoções. Toda risada me faz ser maior. Toda vez que me doo, cresço. E a cada perrengue que enfrento, cresço em possibilidades de resistir.
Crescer, às vezes, dói. Incomoda. Assusta. Sempre foi assim - vide o primeiro dia de aula, o primeiro emprego, o primeiro beijo e outras tantas estreias. Enfrentar aquilo com que não ousamos sonhar é uma das formas mais bonitas de crescer e uma das mais difíceis. Aceitar que não estamos prontos requer humildade para nos reconhecermos pequenos. E talvez nisso resida a verdadeira grandeza.
Pode ser que eu esteja errada, como tantas vezes já estive. Quem sabe, essas ideias de hoje sejam apenas um sopro, um vislumbre de algo maior - que eu, em minha pequenez, ainda não consigo compreender. Perdoe-me o leitor, se me perceber no engano. Todavia, tenho cá comigo, hoje, a impressão de que não importa tanto assim o que queremos ser quando crescermos; interessa, sim, saber como queremos estar, enquanto crescemos.
Beijinhos
Fê Coelho.
Plágio é crime e deve ser encarado como tal. A divulgação dos escritos é uma honra, mas os créditos são compulsórios.
Um espaço para dividir minhas crônicas, outros textos e percepções malucas.
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Ser ou estar?
Hoje me ocorreu algo que ainda não havia percebido: o quanto discordo da clássica pergunta "o que você vai ser quando crescer". Eu mesma já me fiz essa pergunta em outras ocasiões, quando pensava - em vão - que havia crescido o suficiente para respondê-la. Dirigindo para casa hoje, enquanto olhava as curvas da estrada e os montes muito à minha frente, compreendi que crescer é muito mais um processo do que uma finalidade.
Não concordo com esse hábito que temos de classificar o crescimento como um ponto fixo a ser alcançado, como um trono onde se assenta e reina para sempre. Crescemos toda vez que fazemos uma escolha, mas principalmente quando lidamos com os resultados dela advindos. Crescemos quando aprendemos a valorizar as pessoas que vivem ao nosso redor e quando compreendemos que amar é mais que apenas estar ao lado. E quem dirá que não crescemos quando as lágrimas percorrem seu curso? Muitas vezes o sofrimento é professor mais eficaz que a bonança.
Com tudo o que vejo, cresço um pouco mais - em memórias, em conhecimento, em ideias e num tesouro que é só meu. Cada abraço que recebo ou distribuo me torna maior em afeto; a cada sorriso, cresço em contentamento. Cada nova pessoa que passa a compartilhar de meus dias acrescenta vida a eles. Cada música que ouço me faz crescer em emoções. Toda risada me faz ser maior. Toda vez que me doo, cresço. E a cada perrengue que enfrento, cresço em possibilidades de resistir.
Crescer, às vezes, dói. Incomoda. Assusta. Sempre foi assim - vide o primeiro dia de aula, o primeiro emprego, o primeiro beijo e outras tantas estreias. Enfrentar aquilo com que não ousamos sonhar é uma das formas mais bonitas de crescer e uma das mais difíceis. Aceitar que não estamos prontos requer humildade para nos reconhecermos pequenos. E talvez nisso resida a verdadeira grandeza.
Pode ser que eu esteja errada, como tantas vezes já estive. Quem sabe, essas ideias de hoje sejam apenas um sopro, um vislumbre de algo maior - que eu, em minha pequenez, ainda não consigo compreender. Perdoe-me o leitor, se me perceber no engano. Todavia, tenho cá comigo, hoje, a impressão de que não importa tanto assim o que queremos ser quando crescermos; interessa, sim, saber como queremos estar, enquanto crescemos.
Beijinhos
Fê Coelho.
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Quem sou eu
A autora por ela mesma
- Fernanda Coelho
- Uma pessoa muito bem humorada, otimista incorrigível, tentando se encontrar nesse mundo maluco.
Boas vindas.
Seja bem vindo você que vem curioso, que vem interessado ou mesmo desacreditado.
Seja bem vindo você que me lê e descobre-me aos parágrafos.
Aproveita as palavras que encontrar por aqui e fica à vontade: a casa é sua. Só não põe o pé na mesa.
Sejam todos bem vindos.
Beijinhos
Fê
Seja bem vindo você que me lê e descobre-me aos parágrafos.
Aproveita as palavras que encontrar por aqui e fica à vontade: a casa é sua. Só não põe o pé na mesa.
Sejam todos bem vindos.
Beijinhos
Fê
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1 comentários:
Ótimo texto Fernanda! Vc escreve mesmo muito bem! Parabéns.
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