Amigos queridos.
Acho que estou de volta - a princípio e em caráter experimental. Como disse antes, me afastei pra dar uma ajeitada nas paredes, bater pregos e consertar algumas coisas. Se consegui dar cabo da reforma? Nem perto disso. Todas as minhas gavetas mentais estão no chão e formaram uma balbúrdia sem precedente: pensamentos, fatos, informações, sonhos, ilusões, o que foi, o que não foi, o que eu gostaria que tivesse sido, o que eu penso das pessoas, o que penso de mim mesma - tudo virou uma meleca no chão. E preciso pensar em um jeito de pôr tudo em seu devido lugar.
Então porque eu estou de volta, se eu mesma disse que voltaria quando estivesse bem?
Porque descobri - aliás, percebi - que não preciso atolar ninguém com meu lixo. Coisas ruins acontecem todos os dias, com todo ser vivente. Respira? Ah, então não se engane: tem problemas! A questão é que, se por um lado coisas as coisas podem se tornar difíceis, por outro, sempre há motivos para enxergar possibilidades. Elas estão lá, basta enxergar.
Então o que me proponho a fazer é: dividir com vocês o lado positivo da tormenta que ando vivendo. Quero falar de amizade, de como encontramos força em situações que imaginávamos sem saída. Quero falar de esperança. Não daquela esperança pálida, verde-bebê aguado, aquela esperança lá no limbo, entre o cosmo e o infinito. Não, gente! Quero falar de uma esperança vibrante, que pula feito pipoca no coração, uma esperança que, embora quimérica, nos dá fôlego para mais uma subida.
Sim, porque ando parecendo frequência de onda esses dias. Meu humor sobe e desce rápido e várias vezes. De maneira que fica combinado: o blog será para os picos, para os momentos de alegria, para as vezes em que a vida me sorrir. Quero dividir isso com vocês. Quero poder falar de coisas boas e de vida - da vida que não se deixa encolher.
E a caderneta fica para os vales. Ahhh! Não queiram conhecer a caderneta. Ela é o avesso do avesso do avesso de mim. É na caderneta que ficam as loucuras, as coisas mais pesadas. A caderneta é o reduto da maluca. Por hora ela é um grande saco de lixo, em que vou colocando as porcarias da minha mente.
Quem sabe um dia, quando eu aprender a reciclar lixo mental, eu pense em liberar algo da caderneta para cá... Quem sabe um dia...
Quem sabe um dia, quando eu aprender a reciclar lixo mental, eu pense em liberar algo da caderneta para cá... Quem sabe um dia...
Beijinhos
Fê